Queria ter sido poeta,
desses de poemas fortes e ar bucólico,
do andar cambaleante,
de ir pelas nuances
dos sentimentos que anseio sentir com o coração
e pesar pela alma.
Quis ser poeta
para transbordar a angústia e o desespero
que, muitas vezes,
guardei em segredo
em uma caixa de madeira.
Fosse eu poeta e teriam virado poemas.
Não sou poeta,
não ouso,
mas se fosse,
talvez eu pudesse dar um destino a esse vazio
que trago comigo
desde o íntimo da minha existência.
Não sou poeta,
mas a poesia é a força que impulsiona minha insistência,
esse corte na pele por onde saem as palavras
e o sofrimento persiste como fogo numa lareira.
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