Quando você passa por mim,
ou melhor,
quando você passa sobre mim,
não me nota,
pois minha presença não importa,
se desfaz na sua indiferença.
Minha voz é desconhecida
pois o silêncio é o que me manifesta
e mesmo minha existência já tanto faz.
Talvez seja pela íris dos meus olhos,
ou talvez pelo sopro de tristeza que exala pelos
meus poros;
quem dera ainda fosse qualquer coisa
e eu faria dela uma esperança para me agarrar,
me equilibrar e me livrar dos meus destroços.
Quem dera eu pudesse falar
para um par de ouvidos dispostos.
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