Quando o cheiro da tarde
invade meus sentidos,
sinto com a memória viva das árvores antigas
que enxergo do conforto da minha solidão.
A presença que diminui e aumenta,
a ausência que o caracteriza
e me incita a amar mais.
Ergo minha cabeça
para ver melhor
aquilo que não sinto,
mas perco a essência
de tudo o que sinto
porque vejo.
Preferiria não ver
e só sentir,
quando me recolho
e adentro a intimidade
que conservo em segredo,
de possuir a calmaria das paisagens verdes,
de fluir no silêncio do universo,
de amar um amor que não enxergo.
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