Sei que existo porque sinto
mesmo que o que eu sinta seja qualquer coisa que você julgue inexpressiva
na sua consciência arrebatadora,
sangrenta e doentia.
Não dói mais em você do que em mim,
ainda que eu não expresse nada do que você compreenda
porque meu sofrimento não é nada
e é da minha carne que você se alimenta.
Por que minha lágrima não comove,
nem minha existência é nada para os homens?
Por que me abatem?
Toda minha existência termina em um golpe
de estupidez e vergonha
que a sua consciência ainda não alcançou,
mas que me fere na cabeça e macula meu coração.
É, no entanto, na alma onde dói mais,
onde esse sentimento queima
todas as angústias existentes da minha vida.
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