Ao abrir os olhos míopes,
encarou o teto do seu quarto como se ele fosse desmoronar.
Depois, ainda com os pensamentos confusos,
levantou-se e dirigiu-se ao banheiro com seus passos indecisos.
Lavou seu rosto com água fria, girou os olhos
e preparou-se para a agonia de mais um dia.
Deliciou-se com algumas xícaras de café enquanto olhava o nada pela janela,
uma ou outra nuvem elétrica.
Imaginou a si mesmo caminhando por elas,
descobrindo novas paisagens, outra atmosfera.
Sorriu, como há muito não fazia.
Revisou planos, analisou possibilidades.
Abriu mão de todas.
A tarde passou como uma flecha cortando o ar e, por muitas razões,
temeu a noite que se anunciava.
Então anoiteceu . . .
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